Práticas Agroecológicas: sacos de jornal.

      Agricultora Acampada no Acampamento 1º de Agosto, desenvolve práticas agroecológicas na confecção de sacos de jornal para a produção de mudas de abóbora, moranga, pepino e melancia.
      A partir do reaproveitamento de jornais, a folha é enrolada em um tubo pvc, um dos lados é enrolado e pronto, basta colocar uma terra com bastante matéria orgânica, de preferência utilizar uma compostagem de esterco e capim.

      Quando as mudas estiverem prontas, basta apenas enterrar o saquinho de jornal com a muda em cova adubada, sem precisar de tirar o jornal, o qual acaba sendo "desmanchado" com o tempo.





      Esta prática, garante a boa qualidade das mudas, a baixo custo, sem a necessidade de utilização de bandeijas de isopor ou de plástico, a base de petróleo e nada sustentáveis.

      Para a produtora Izabel, "a produção de mudas nestes copinhos além de favorecer o bom desenvolvimento da planta, dá tempo para o produtor o preparo do solo e controle das plantas indicadoras".

A Agroecologia garante diversidade ambiental.

      A partir das oficinas de Adubação Verde, do Projeto de Reeducação Ambiental, famílias pré assentadas na Fazenda Cajati, Município de Cascavel, comprovam que práticas agroecológicas garantem sustentabilidade ambiental das lavouras, como aqui no consórcio de Mucuna Cinza com o milho crioulo.
      A Mucuna Cunza é da família das leguminosas, fixadora de nitrogênio ao solo, é de rápido crescimento, garantindo boa cobertura do solo, competindo com plantas indicadoras, e ótima produtora de massa verde.

Projeto promove alternativa para a agricultura camponesa.

       Patrocínio da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. garante a promoção de alternativas para a agricultura camponesa através do Projeto Reeducação Ambiental para as Famílias Assentadas da Reforma Agrária de Cascavel.

      Desde Junho de 2010, através deste projeto a ACARP-OESTE vem realizando seminários e oficinas de capacitação para as famílias pré assentadas no Município de Cascavel, para o cultivo e desenvolvimento da agroecologia, além de fornecer assistência técnica a mais de 100 famílias.

Este projeto é desenvolvido a partir de 3 eixos fundamentais: Desenvolvimento Sócio 

Econômico; Qualidade de Vida e Preservação Ambiental. 

      Entendemos que para a realização destes 3 eixos, um se complementa ao outro, e todos são 

interdependentes, além de serem norteadores da agricultura ecológica. 

      Propor o Desenvolvimento Sócio Econômico através de mudança do modelo agrícola, promovendo o conhecimento e práticas agroecológicas, com o intuito de redução de custos, agregação de valor, resgate de culturas tradicionais, canais de comercialização orgânica. 

      Buscar melhor Qualidade de Vida, a partir da produção, do consumo e da comercialização de 

produtos diversificados e orgânicos, que garante também a família geração de renda, e 

soberania alimentar. 

      Promover a Preservação Ambiental, para complementar a Qualidade de Vida das famílias 

assentadas, através de práticas conservacionistas do solo, dos recursos hídricos e reservas 

ambientais.

Quais os nossos objetivos.

A Associação de Cooperação Agrícola dos Assentamentos da Reforma Agrária do Oeste do Paraná, foi criada em 2005 com o intuito de buscar o desenvolvimento cooperado das famílias assentadas na Região Oeste do Paraná.

Região onde as políticas agrícolas são voltadas quase que exclusivamente para as grandes propriedades rurais e produtores de monocultivos, contrários a realidade dos assentamentos da região, os quais são detentores de pequenas áreas cultiváveis, produzem basicamente para o auto-sustento das famílias e não possuem incentivos através de políticas públicas adequadas para sua realidade.

Sendo assim, a fundação da entidade partiu da necessidade de organização própria das famílias assentadas em buscar formas de aglutinação de força para, de forma cooperada, construir alternativas de desenvolvimento, conhecimento e produção.

Por isso ela é constituída por pequenos produtores, assentados da reforma agrária, e possui objetivo claro de lutar pelo desenvolvimento sócio-econômico das famílias assentadas da reforma agrária do Oeste do Paraná.

E se sustenta em três pilares fundamentais: o direito a Terra, como bem comum a todos os povos, sua valorização e proteção; o direito a Vida, na busca por garantias de sobrevivência digna a todos os povos; e a prática da Agroecologia, como ferramenta transformadora, que possa garantir a vida da terra e dos camponeses que dela sobrevivem.